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Mostrando postagens de novembro, 2012

Será a ultima teoria?

E assim foi : Anoiteceu na cidade das memórias E cada tiquetaquear do relógio traz um novo aviso Ao norte podia-se ouvir  trompetes Era o golpe ! As espessas paredes caíram Afunilaram-me com este estranho cabresto que me prego O chão se abriu E assim caíram as teorias Sobre cada tijolo construído há uma pétala e um pena A pétala para inspirar e a pena para subscrever E assim eles caíram Algumas portas se fecharam E o barco inundava E assim afundamos? Serias belo sonhar Ir tão longe quando não se encontra mais o horizonte Conhecer o monstro que sopra os ventos e agita as marés Afundamos? E assim caíram as teorias Foi-se o príncipe Afastei  minha doce heroína Sobrevivi ao inverno Toquei o mundo das nuvens E naufraguei ? O tiquetaquear do relógio não perdoa Escondam-se e apeguem em alguma fé Peguem os traços rabiscados e rasurados de seus sonhos pelo caminho Fuja mas saiba que nada é seguro Já é noite na

A cortina e o cinza

Sentei-me certa noite ao pé desta escada à lugar algum Abaixo todos os medos contidos de, quem sabe, um futuro Acima a impossibilidade de quem não sabe mais caminhar A minha frente, tão próximo que posso até mesmo tocar... Uma janela coberta pela cortina do novo... Uma fuga, basta saltar Mas a liberdade me afugenta Só posso ver o cinza lá fora E silhuetas olham para dentro Tentam me ver Mas me escondo Queria tirar aquela cortina Talvez fitar os olhos que me procuravam Ver  qualquer outro olhar que não fosse meu Uma voz além do meu pensar Disso não podia murmurar Pois uma sonata soava ao fundo O frio aumentava Notas tão profundas quanto à alma a me buscar Tudo estava tão confuso E eu atrás da cortina Vivendo o cinza Saboreando a fumaça de meus cigarros E as silhuetas continuavam a passar