E assim foi :
Anoiteceu na cidade das memórias
E cada tiquetaquear do relógio traz um novo aviso
Ao norte podia-se ouvir trompetes
Era o golpe !
As espessas paredes caíram
Afunilaram-me com este estranho cabresto que me prego
O chão se abriu
E assim caíram as teorias
Sobre cada tijolo construído há uma pétala e um pena
A pétala para inspirar e a pena para subscrever
E assim eles caíram
Algumas portas se fecharam
E o barco inundava
E assim afundamos?
Serias belo sonhar
Ir tão longe quando não se encontra mais o horizonte
Conhecer o monstro que sopra os ventos e agita as marés
Afundamos?
E assim caíram as teorias
Foi-se o príncipe
Afastei minha doce
heroína
Sobrevivi ao inverno
Toquei o mundo das nuvens
E naufraguei ?
O tiquetaquear do relógio não perdoa
Escondam-se e apeguem em alguma fé
Peguem os traços rabiscados e rasurados de seus sonhos
pelo caminho
Fuja mas saiba que nada é seguro
Já é noite na cidade das memórias
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