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A velha cidade das memórias

Cheguei de malas
as ruas ainda são cinzas
as férias acabaram
a névoa das sete horas já esfumaçam

É pouca coisa mudou
esta cidade está empoeirada
quanto trabalho a se fazer

A velha casa das certezas, abandonada
me encontro em um banco qualquer
um som vem de longe
há um teatro aqui nunca vi

A morte nos visita com nova opera
suas filhas aqui de novo
Tristeza e Solidão
estas já vi mais cedo

Me sento em um acento ocupado,
não existem espaços em um lugar como este por aqui
em meu cantil algo com cheiro cortante
que deixo rasgar entre os pulmões

Moria passa entre os vacantes
pedindo um pouco de atenção
um copeque no chapéu da senhora

Estou de volta a cidade das memórias
espero ser bem vindo

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O topo

Eu escalei Escupi o mundo A minha imagem e semelhança Engoli o necessário... Me fiz assim... E mesmo assim, Me sinto sozinho Ninguém me olha, De certa forma Não como sou... Eu não mudei... Sou o mesmo merda de sempre Mas não o merda que acham que sou ... Sou um sabotador Um merda, Um nada... Pense assim: Nenhum parasita Se instala pedindo licença E eu sou o parasita Me encosto de canto, Entro via fumaça, Na sua respiração Sou louco o suficiente para estuda-la. Tudo isso é uma alucinação De um homem monstro Já disse, o álcool e outro eu... Uma coisa boa me aconteceu Não sei lidar, é claro, fudi com tudo... Afinal nunca quis ser feliz...

Quatro paredes pequenas

O quarto é o mesmo a solidão não, me sinto assim, mesmo acompanhado O quarto é mesmo a sensação é de agrado, mesmo um pouco sufocante Quantas histórias pode ter uma estante? O quarto é o mesmo a fumaça é outra, ainda não sei por que.. Hoje só me movo a reboque. O quarto é o mesmo, as vezes lembro de todos corpos que aqui entraram e nos que não entraram O quarto é o mesmo a palafita não, não sei por que hoje estou aqui na cidade das memórias