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A velha cidade das memórias

Cheguei de malas
as ruas ainda são cinzas
as férias acabaram
a névoa das sete horas já esfumaçam

É pouca coisa mudou
esta cidade está empoeirada
quanto trabalho a se fazer

A velha casa das certezas, abandonada
me encontro em um banco qualquer
um som vem de longe
há um teatro aqui nunca vi

A morte nos visita com nova opera
suas filhas aqui de novo
Tristeza e Solidão
estas já vi mais cedo

Me sento em um acento ocupado,
não existem espaços em um lugar como este por aqui
em meu cantil algo com cheiro cortante
que deixo rasgar entre os pulmões

Moria passa entre os vacantes
pedindo um pouco de atenção
um copeque no chapéu da senhora

Estou de volta a cidade das memórias
espero ser bem vindo

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