Minha memória anda estranha
Lembro de coisas que não sei bem se existiram
Com o passado faço barganha
Me apego a aquelas que ainda não me fugiram
Lembro bem de uma árvore
Aquela que nunca plantei
Aquela que não deu gritos
Nos caminhos que nunca andei
Lembro do suor da terra
E daquele cheiro úmido no ar
Todo o céu sem um azul
Um único olhar
Ah, o olhar
Existem olhares que entram na alma ...
Existe algum olhar que te acalma?
O olhar que nunca ganhei
Lembro bem de uma árvore
Aquela que nunca plantei,
Que o fruto não colherei
A árvore, tua árvore.
Se bem que não existem jardins
na cidade das memórias
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