Pular para o conteúdo principal

Sou folha



Pois eu sou folha
triste a voar
pois eu sou folha
escrita pelo poeta

Ainda respingo
seiva de outra vida
tinta de outra escrita

Em minha estranha forma
sou passado e presente
mensagem e desaparecimento

Sou levado como vento
faço cabriolas, rascunhado,
me acento sobre o solo surrado

Possuo veias
sulcos e nervuras
emoção e fleuma

Sou imagem e objeto
palavra e húmus
comida de verme de toda forma


Pois eu sou folha
triste a voar
pois eu sou folha
escrita pelo poeta




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resto Eu sou o resto Deixei a máscara cair Eu não presto Seu menos que Cain, Abel me veria subir Eu sou o vasculho, o resto de entulho, A parte que nada vale  Eu sou menos Getúlio Fascista, funcionário 

O topo

Eu escalei Escupi o mundo A minha imagem e semelhança Engoli o necessário... Me fiz assim... E mesmo assim, Me sinto sozinho Ninguém me olha, De certa forma Não como sou... Eu não mudei... Sou o mesmo merda de sempre Mas não o merda que acham que sou ... Sou um sabotador Um merda, Um nada... Pense assim: Nenhum parasita Se instala pedindo licença E eu sou o parasita Me encosto de canto, Entro via fumaça, Na sua respiração Sou louco o suficiente para estuda-la. Tudo isso é uma alucinação De um homem monstro Já disse, o álcool e outro eu... Uma coisa boa me aconteceu Não sei lidar, é claro, fudi com tudo... Afinal nunca quis ser feliz...

Quatro paredes pequenas

O quarto é o mesmo a solidão não, me sinto assim, mesmo acompanhado O quarto é mesmo a sensação é de agrado, mesmo um pouco sufocante Quantas histórias pode ter uma estante? O quarto é o mesmo a fumaça é outra, ainda não sei por que.. Hoje só me movo a reboque. O quarto é o mesmo, as vezes lembro de todos corpos que aqui entraram e nos que não entraram O quarto é o mesmo a palafita não, não sei por que hoje estou aqui na cidade das memórias