Pular para o conteúdo principal

Quatro paredes pequenas

O quarto é o mesmo
a solidão não,
me sinto assim,
mesmo acompanhado

O quarto é mesmo
a sensação é de agrado,
mesmo um pouco sufocante
Quantas histórias pode ter uma estante?

O quarto é o mesmo
a fumaça é outra,
ainda não sei por que..
Hoje só me movo a reboque.

O quarto é o mesmo,
as vezes lembro
de todos corpos que aqui entraram
e nos que não entraram

O quarto é o mesmo
a palafita não,
não sei por que hoje estou aqui
na cidade das memórias

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que sera real?

E tudo recomeça  Esta sensação que estou no lugar errado não cessa E talvez não deseje que pare Queria apenas que fosse real Até quando viverei no meu mundo de sonho Me corroendo entra pseudos Sem tocar o real Sem vivenciar o igual Mas parei de viver por aqui Decidi dedicar-me apenas a ti Teu sorriso representa minha vitória E estamos n’uma nova batalha pelo que vejo Só não entendo por que nunca tentei Tornar nosso sorriso multo-o alias nossa “multuosidade” em si Em algo real palpável Em forma de circulo Símbolo falido aos meus olhos, mas tão valorizado aos teus. Porque nunca tentei contemplar minha vida Com a única benção que ela me trouxe nos últimos séculos? Oque me deu n’aquele tempo? Oque esta aqui agora? Me jure que nunca percebeu... Às vezes desejaria mesmo que não Por que suas palavras secas não saem para mim Talvez bastasse apenas uma para cortar meu par de azas Mas talvez deseje me ver voar Assim como te fiz certa vez Talvez assim como eu até então Não veja o probl...

Desejo

O desejo é uma coisa traiçoeira vem sorrateiro, pé ante pé planta ideias, conceitos, pesares vem em sonho, forma de mulher Em cabelos enferrujados O desejo é uma coisa traiçoeira, na mesa do bar se coloca a beira olha os goles, espera que sejamos moles vem em sonho, forma de mulher Em cabelos enferrujados O desejo, ah o desejo, é traiçoeiro(...)

Ilusão

É engraçado como tecemos nosso mundo numa série de ilusões que encistem em nunca se dissolver… Mesmo sabendo que não possuímos a proeza da aranha, mesmo sabendo que a armadilha só prendera a você… É engraçado como nos desenhamos azas para tentar voar… Mesmo sabendo que não possuímos a proeza da ave, de planar entre sonhos que nunca vão me encontrar… É engraçado como construímos grandes muralhas de pó, para protegermos a nós mesmos de nós mesmos… Mesmos sabendo de algo que não se pode  fugir que a realidade continua a mesma, mesmo que nós a recriemos…. É engraçado como tentamos reinterpretar a história, ignorando completamente o dom da memória… Mesmo sabendo que as outras bocas não podemos mudar, e as palavras embaralhadas continuarão a se espalhar por toda escória… É engraçado como nunca somos oque somos… e somos oque nunca fomos… quando se aproxima a despedida…Mesmo sabendo que a imagem marcada não é a da partida …. É engraçado como com trancas tentamos trancar o...