Pular para o conteúdo principal

Somente mais um dia sozinho...

Nada como 2 cigarros e a solidão para me incitar a escrever
Sim, eu não sei lidar com a solidão
Parece que falta algo aqui quando ninguém esta presente
Sem mascaras não sei viver
Não sei me olhar no espelho
Nem refletir sobre o mesmo.
Quem esta lá refletido?
Alguém tão apegado a tudo que se bloqueia,
Que apenas teme.
Ainda não aprendi a não ter medo do escuro
Do escuro que é o mundo sem ninguém aqui
No que devo me guiar?
Qual será meu próximo ato
Se ninguém poderá vê-lo?

As notas do meu violão ecoam sobre as paredes
E ninguém para ouvi-las
As letras sinceras morrem no compositor
Costumava ser minha terapia
Hoje é meu fardo
Oque acontece comigo em dias como este?

O sol brilha lá fora minha falta de ocupação me da descanso necessário para se viver
Para respirar ar puro
Mas respiro apenas tragos de meus últimos cigarro
Me trancando para tudo aminha volta

Costumava ter meu porto seguro
E eu jurei não sentir sua falta
Mas hoje lá esta ele vivendo sua vida e jaz são
Outras coisas lhe fazem sorrir
Fiquei obsoleto
Em algum lugar no nosso tempo
Nossos desencontros parecem tão óbvios
Não é sua culpa
Você faz o certo em viver
Eu que parei lá
Onde te tinha em todo lugar

O tempo é algo tão precioso
E eu estou nitidamente perdendo o meu
Que realmente só anda ao lado teu 
Mas e em dias como este?
Que a solidão me assola?
Que as notas parecem soltas
E tudo esta desafinado
Perdido em sua própria melodia

Tudo segue tranquilamente
Mas quem lembra de mim
O silencio já me responde tal questão
Ainda nem é noite e o vazio já esta aqui

Talvez vá sair para caminhar
Para olhar o mundo que eu mesmo criei
Será que algum dia vencedor serei?

A luz já ofusca meus olhos e as paredes secam meu ar
Ou melhor, minha fumaça.
A me consumir, a me queimar.
A me levar, a me lembrar...

Qual será meu passado ao olhar d’aqui 1000 noites
Uma perda? Uma benção? Minha salvação? Minha perdição?
Será tudo isso apenas falta de companhia?
Ou existe algo mais a me incomodar aqui?

Talvez devesse sumir de vez para ter certeza de todas as perguntas que lancei aqui
Com respostas previas, porém não absolutas.
Talvez devesse fugir de toda esta infância e ser independente ao menos uma vez
Mas esta não é minha vida
Como já diz o nome sou apenas um protetor.
E oque me resta quando não ha nada para proteger?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que sera real?

E tudo recomeça  Esta sensação que estou no lugar errado não cessa E talvez não deseje que pare Queria apenas que fosse real Até quando viverei no meu mundo de sonho Me corroendo entra pseudos Sem tocar o real Sem vivenciar o igual Mas parei de viver por aqui Decidi dedicar-me apenas a ti Teu sorriso representa minha vitória E estamos n’uma nova batalha pelo que vejo Só não entendo por que nunca tentei Tornar nosso sorriso multo-o alias nossa “multuosidade” em si Em algo real palpável Em forma de circulo Símbolo falido aos meus olhos, mas tão valorizado aos teus. Porque nunca tentei contemplar minha vida Com a única benção que ela me trouxe nos últimos séculos? Oque me deu n’aquele tempo? Oque esta aqui agora? Me jure que nunca percebeu... Às vezes desejaria mesmo que não Por que suas palavras secas não saem para mim Talvez bastasse apenas uma para cortar meu par de azas Mas talvez deseje me ver voar Assim como te fiz certa vez Talvez assim como eu até então Não veja o probl...

Desejo

O desejo é uma coisa traiçoeira vem sorrateiro, pé ante pé planta ideias, conceitos, pesares vem em sonho, forma de mulher Em cabelos enferrujados O desejo é uma coisa traiçoeira, na mesa do bar se coloca a beira olha os goles, espera que sejamos moles vem em sonho, forma de mulher Em cabelos enferrujados O desejo, ah o desejo, é traiçoeiro(...)

Ilusão

É engraçado como tecemos nosso mundo numa série de ilusões que encistem em nunca se dissolver… Mesmo sabendo que não possuímos a proeza da aranha, mesmo sabendo que a armadilha só prendera a você… É engraçado como nos desenhamos azas para tentar voar… Mesmo sabendo que não possuímos a proeza da ave, de planar entre sonhos que nunca vão me encontrar… É engraçado como construímos grandes muralhas de pó, para protegermos a nós mesmos de nós mesmos… Mesmos sabendo de algo que não se pode  fugir que a realidade continua a mesma, mesmo que nós a recriemos…. É engraçado como tentamos reinterpretar a história, ignorando completamente o dom da memória… Mesmo sabendo que as outras bocas não podemos mudar, e as palavras embaralhadas continuarão a se espalhar por toda escória… É engraçado como nunca somos oque somos… e somos oque nunca fomos… quando se aproxima a despedida…Mesmo sabendo que a imagem marcada não é a da partida …. É engraçado como com trancas tentamos trancar o...