Nesta noite
Onde a solidão me parece uma benção
E a preocupação em cerca
Lhes escrevo isso:
A fada e a dor
Hoje, vagando entre a penumbra da indiferença
Me deparo com algo
Que espero nunca mais ver
Em toda minha existência...
Vejo você, minha fada,
Caída aos pés da amaldiçoada
Cria da tristeza, a Dor,
Vejo que sua feriada volta a se abrir impiedosamente
Sangrando lagrimas incontáveis,
O pior é estar de mãos atadas
Podendo apenas usar a força das palavras
Que não muito irão afastar sua horrenda companheira
Mas talvez este não seja o pior.
O pior é vê-la, minha linda fada,
Que és persistente e guerreira
Por sua própria natureza,
Desistir sobre tão podre adversário
O pior é ver-te cortar suas azas
Com tuas próprias palavras,
E dos teus voos desistir,
O pior é ver-te
Subjugar sobre tão vil força
Sinto, realmente sinto
Não poder intervir
Munido de uma espada de felicidade
E uma armadura de confiança,
Para dissipar tal ser do teu entorno,
Pois admito tais relíquias não possuir,
Mas também juro
Pela minha alma que julga-se
Dona de si de tantos donos que tem,
Vou ajudar-te da pouca forma que posso,
Pois se só me resta o pequeno poder da palavra
Peço-te que o considere grande
Pois destas palavras darei a ti, Fada,
A proeza da Phoenix,
Destas palavras trarei de volta
Você a você mesmo,
Lembrarei a ti de teu valor
E asnos serão aqueles que julgaram menos valer,
Trarei de volta sua força
E pobres serão aqueles que a subestimar,
Mostrarei a ti tua beleza (que hoje já vejo)
E esta nem a cegueira do homem impedira de ver,
Alçarei-te-ei a novos, velhos, voos
Que de tão altos
Te encontrarão com a paz e o sonho
Hoje estrelas tão distantes lá no céu
E não aches que minto,
Ou que pretendo milagres
Pois só darei a ti
Oque já és teu e recusas a ver ou crer
Mas infelizmente há algo que não posso fazer.
Não posso levanta-la e fechar a ferida da mesma violente forma
Cujo qual se abriu.
Isto só você poderá fazer
Quando estiver pronta,
Mas saibas que mesmo neste momento
Tão intimo e solitário,
Poderás sentir minhas palavras
A abraçar-te com a força que gostaria de faze-lo,
Mas aconselho que se apresse
Pois o velho juiz (Tempo)
É implacável, e este não esperara,
Tua, ou melhor, nossa vitória
Para continuar em seu irresponsável ritmo
Porém oque me surpreende é o começo não o fim.
Como você, fada guerreira tão linda,
Inteligente, persistente,
Voadora em sonhos assaz próprios,
Com teu satírico, mutante ,
E as vezes até irritante humor,
Que como todos os seres tem defeitos
Que só te fazem acrescentar,
Deixou-se cair nesta situação?
Provavelmente seja culpa
Da nossa joia de duas faces,
O Amor!
Artefato perigoso,
Deverias ser proibido entre os seres de puro coração,
Como você era,
Pois tal sentimento maldito,
Levara de você dês do chão que pisa até a mente que inspirava,
E em teu lugar plantara
Dor e Solidão...
Conheço bem oque ele faz
Já o fez comigo...
Mas já travei minha guerra,
O hoje sobre mil cicatrizes
Acredito ter vencido,
E agora após tão traumatizante batalha compro a tua,
E agora gostaria que soube-se que :
Tua lagrima, hoje também é minha
Teu sofrimento, hoje também é meu,
E que irei lutar ,ou melhor, iremos lutar
E tudo ira passar
Pois o tempo além de juiz carrasco és juiz justo,
E trará você devolva a você mesma.
Quero dizer minha fada
Que quero vê-la voar novamente
Sem peso de sofrimento
E me traga novamente a paz que sempre me trouxe,
Pois amo-te,
E tu já sabes disso...
Logo voaras
E em teu cicatrizado peito espero estar
Como uma boa lembrança...
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