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Hiato


E oque foi tudo aquilo?
O vaco? O vazio? O fim?
Enfim

(...)

Era guerreiro forte
Munido de sentimento e argumento
Algo batia dentro,
Movia montanhas de tanto sonhar
Planava seguros aos braços...

E tudo se encaminhava

Destino traiçoeiro
Jogou cartas e me apostou
Apostei e perdi?
Corri! Corri!

Oque foi toda aquela ira?
Um vulcão concentrado de rancor?

Enfim me perdi no labirinto de tijolos dourados
Prometi-me o sonho
Dei-te o pesadelo
Ah e como eu amei!

E passou-se o dia em que tudo se tornou sol ,
Em que a lua contemplou aquele pequeno casal
Éramos um?

E tão forte quanto outro elas vem
- PALAVRAS! - PALAVRAS! - PALAVRAS!
E como em uma louca ópera
O silêncio

E se inicia o grande hiato

Oque foi tudo aquilo?
Despencar,
sentia o vento
me levava, me levou

Confuso derramei nova forma
Seria um veneno? Seria uma lagrima?

Corri seguia a fumaça
Das chamas de suas madeixas escarlate, enfim...
Cruzamos olhares duas ou dez vezes na estrada
E eu fugi?...Você fugiu?
Mandei o vento lhe contar uma velha história
Teus ouvidos lhe sentiram?

E então novamente o silêncio...

Uma primavera sem flores depois...

E assim
Não tão voraz como começou
O hiato acaba
Com o vento cortando o véu do silencio

E agarro tuas mãos
Quem sabe o voo se reinicia
Seria assim?

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