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Tu deves?

Com o inquisidor depositando seus papeis sobre a mesa se inicia todo o ritual :
-Você deve fazer isso ! você deve !
-desculpe não sou profissional !
-olhe tas correspondências , olhe a sua volta , você deve,você deve!
-Mas nem ao menos concordei
-Tens dinheiro?
-Não sei do que se trata ainda
-Você deve ! você  deve ! pegue esta maleta e releia !
-mas devo oque? a quem? qual meu dever? seria um crédito que me neguei?
-Você deve ! você deve fazer você deve
-desculpe não sou profissional

em um momento de fúria parto seus preciosos papeis em dois e me retiro !
mesmo sem acreditar suas palavras , isso reverbera em minha mente
e la estou, mais um assalariado por vez
e la estou nas correspondências um nome e um numero
e lá estou , com papeis tão podres quento oque os abandonei

me desculpe eu sou profissional

Eu devo?

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O topo

Eu escalei Escupi o mundo A minha imagem e semelhança Engoli o necessário... Me fiz assim... E mesmo assim, Me sinto sozinho Ninguém me olha, De certa forma Não como sou... Eu não mudei... Sou o mesmo merda de sempre Mas não o merda que acham que sou ... Sou um sabotador Um merda, Um nada... Pense assim: Nenhum parasita Se instala pedindo licença E eu sou o parasita Me encosto de canto, Entro via fumaça, Na sua respiração Sou louco o suficiente para estuda-la. Tudo isso é uma alucinação De um homem monstro Já disse, o álcool e outro eu... Uma coisa boa me aconteceu Não sei lidar, é claro, fudi com tudo... Afinal nunca quis ser feliz...

A árvore que não plantei

 Minha memória anda estranha Lembro de coisas que não sei bem se existiram Com o passado faço barganha Me apego a aquelas que ainda não me fugiram Lembro bem de uma árvore Aquela que nunca plantei  Aquela que não deu gritos  Nos caminhos que nunca andei Lembro do suor da terra E daquele cheiro úmido no ar Todo o céu sem um azul Um único olhar  Ah, o olhar Existem olhares que entram na alma ... Existe algum olhar que te acalma? O olhar que nunca ganhei Lembro bem de uma árvore Aquela que nunca plantei,  Que o fruto não colherei A árvore, tua árvore. Se bem que não existem jardins  na cidade das memórias
Resto Eu sou o resto Deixei a máscara cair Eu não presto Seu menos que Cain, Abel me veria subir Eu sou o vasculho, o resto de entulho, A parte que nada vale  Eu sou menos Getúlio Fascista, funcionário