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Será que você...

Nesta noite, seguindo o rastro da solidão, me deparo com algo a que não esperava, uma lembrança… você…
Um tanto entorpecido, entre ruas que saem em disparada, vejo teu olhar, lindo e severo, refletido nas estrelas…

[Será que também estas a mirar as estrelas?]

Alguns passos adiante, onde nem mesmo o tempo pode me buscar, ouço sua voz, doce e lucida, trazida em um antigo refrão…

[Será que ainda ouve nossa canção?]

Quase a salvo, perto d’aonde não posso voltar, lembro de tuas palavras, tão lentamente pelo vento sopradas …
[será que tuas ideias se mantiveram paradas?]

Em algum lugar, perto da inconsciência, sinto a lagrima que já rolou e no peito se alojou…

[Será que se importou?]

Já quando as paredes tentam me dar calor, procuro pouco a pouco calar a dor, talvez se iniciara meu terror…

[Será tudo de novo?]

Com os olhos na escuridão e o corpo implorando perdão… algo me passa pela mente, uma ultima ilusão…

[Será que preciso cantar quem o coração gritava?]

Um novo e curto sonho se inicia, onde o anjo (você) me diz palavras que de sua sincera boca desconhecia.
Enquanto isso  de forma certamente antiquada lhe digo o quanto me vicia, como desejo que os olhos nunca mais se abram… Mas...

 Ainda tenho este mundo como guia... Onde tudo logo acaba…

[Será que vai se importar, se não mais acordar?]

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